quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tirem-me estas vendas


Nesta última quarta-feira, 16 de junho, dois fatos apresentados na imprensa podem trazer correlações em relação às atitudes tomadas pelo nosso "Estado de Direito" para que um governo democrático seja imperioso no dia a dia dos brasileiros.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) na qual se ratificou a legitimidade da chamada "Marcha da Maconha" e a discussão acerca do "silêncio eterno" de certos
documetos que deveriam ser públicos fizeram com que, em muitas pessoas, um momento de reflexão tomasse conta dos pensamentos.
Por mais singulares que sejam tais fatos,intrinsecamente quardam proximidades. As duas questões veem, de certa forma, preservar direitos e espaço de liberdade de expressão.
O ponto é, a procura da legitimação de manifestações como a que trata da descriminalização da maconha, em defesa da homossexualidade, são eventos que devem ser mantidos e seus participantes continuarem com seus "gritos de liberdade". O que não pode é tudo isto ser permeado ou confundido com apologia às posições defendidas.
Como assim? Pense. Grupos de pessoas que fumam um "baseadinho" e não levam em mente os pontos positivos trazidos pela marcha, como por em pauta o assunto da legalização das drogas, que deve deixar de se tabu social aquém do fim que tiver.Isso esvazia qualquer tipo de atos assim, a falta de compromisso com o real objetivo da causa. Delibera imprensões negativas para o próprio movimento.
Já o caso do "silêncio eterno" de documentos guardados "a sete chaves" pelo Congresso Nacional não tem o que discutir. É um direito constitucional que sejam colocados a par da sociedade papéis e outras coisas que estão trancafiadas a mais de cem anos, como registros da Guerra do Paraguai. Descupem-me Senador Fernando Collor de Mello e Sarney, que foram contra a abertura dos documentos, mas nada causa mais asco do que a não-transparência governamental.
Para os políticos: Não se pode mais tentar vendar os olhos do povo frente a democracia. Para o povo: Lutar, se expressar para alcançar respeito e cidadania deveria ser um dever d'alma de cada um de nós.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Medidas vergonhosas de um governo devedor

A decisão do nosso digníssimo governador, Sérgio Cabral, de inserir cotas raciais e indígenas no "mercado dos concursos públicos" é lastimável. Olha governador, quer um conselho? Melhor, uma ordem? invista no nosso ensino de base que anda mais do que esquecido, literalmente caindo aos pedaços. Dê uma qualidade de ensino melhor, com professores bem pagos, sem esses salários vexaminosos (em alguns estados brasileiros, menos de mil reais).
Nada contra as outras raças desse Brasil, afinal o que nós somos? Raça indefinida. Uma valiosa mistura dos povos colonizadores e colonizados deste país. Na minha opinião sincera, cotas são sobretudo um meio de discriminação, pois com elas afirma-se uma história de exclusão social, violência , preconceito e escravidão. E por outro lado, negros, índios e outros se engendram em um discurso de uma pseudo-hiposuficiência e até de acomodação para ratificar tais ações governamentais.
Já não basta o mercado, a mina de dinheiro que tornou-se a competição dos concursos, agora temos que lidar ainda com uma medida que, ao final de toda essa discussão, não resultará em melhores escolas, profissionais satisfeitos, meios didáticos decentes e por aí seguem mais ideais quase que inalcançáveis da educação brasileira.