sábado, 16 de junho de 2012

Êxtase e Prazer


"Paraísos Artificiais" (2012) dirigido por Marcos Prado e com um elenco relativamente conhecido: Nathalia Dill, Luca Bianchi, César Cardadeiro, dentre outros rostos conhecidos pelo público, traz à tona questões que sempre foram levantadas como tabu pela sociedade em geral. O sexo e a difusão das drogas, principalmente as sintéticas, é são postos como argumento do filme, que através de uma visão quase que poética se propõe a mostrar os caminhos e os destinos de vida que são traçados em meio a este quadro montado em cenários diferentes como, festas have e a cidade de Amsterdã.
Em análise sobre o filme, o blog Cinema Detalhado elucida:  "O que se pode dizer, até pela vistosa produção, é que o filme passa longe de algo realizado por um novato inexperiente ou mesmo que seja experimental demais. Prado tem muita certeza de suas escolhas, talvez o que falte para o seu filme ser muito bom, seja relativo ao exagero de desfechos elipsados. Em certos momentos, o diretor parece mostrar em demasia o desnecessário, apesar de render cenas interessantes, em detrimento ao que deveria ser o mais acertado e estimulante de se apresentar. "
A sensibilidade do diretor para imagens com o teor poético em seus cortes e formações pode ser vista em outras produções como "Estamira" (2010). Documentário "ácido" que mostra de forma crua a realidade de uma catadora de lixo com problemas mentais. Prado entra no universo da protagonista e dele tira toda a construção de sua obra.Além do longa, Marcos Prado também trabalhou como produtor em Ônibus 174Tropa de Elite I e II
Já "Paraísos Artificiais" é uma obra de ficção que de certa forma aguçou a curiosidade do público não só pelo tema, mas também por corajosamente levar para as telas cenas consideradas picantes e apológicas ao mundo das drogas e do sexo liberto de qualquer preconceito. 
 De fato, muitos espectadores podem construir uma visão negativa do filme, tendendo para o lado de que muitas coisas formaram um exagero. Outros, de forma positiva, defendem o longa com o argumento que não se deve tratar com hipocrisia algo existente na realidade social e que a mensagem do filme foca-se nas escolhas que são feitas na vida. A própria questão do tráfico de drogas que envolve o personagem de Lucas Bianchi (Nando) caracteriza a destreza de colocar as ciladas de escolher "o lado errado" da vida.

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