Praça Saenz Penna, Tijuca, Rio de Janeiro. O vai e vem dos transeuntes por aquele lugar é frenético, não se pode designar em um estalo o destino de qualquer sujeito. Os estudantes, os advogados, professores, o pessoal frequentador assíduo de um tipo de coreto encardido, etc...
Naquela confusão urbana, os compromissos tomam cada um e o tempo destes é meio que irrelevantemente ocupado. Mais em uma das saídas do metrô, a senhora, aparentemente sadia, fuma o seu cigarro sentada nas escadas e parece somente observar os passantes. Não espera ninguém e sempre apenas na companhia da solidão, ela fica à destinar seu olhar ao indeterminado.
Meses depois.... A saída do metrô durante à tarde, no frenesi do horário do "rush", tem em sua proximidade uma marca fétida no chão que apenas é rodeada por guimbas de cigarros e um pedaço de papelão. É à noite que aquele espaço repulsivo é apropriado por uma mulher de idade avançada, com seus cabelos brancos, de magreza evidente e suas roupas sujas e rasgadas que a fazem se confundir com o chão de baratas e ratos da urbes.
O destino foi cruel com aquela senhora. Talvez sim, talvez não. Sem nome, indigente, ela agora havia se transformado no exemplo mais consistente do que se pode chamar-se de abjeto, aquilo que é indigno e desprezível. Mas mesmo nesta situação ela continua com seu olhar indeterminado e com um toque de arrogância em seus gestos.
Uma mulher comum que se figurou em uma mendiga, um ser parte da parte obscena da cidade, aquilo que não se vê, tampado pelo véu da invisibilidade. A única garantia que poderia salvá-la seria o voyerismo de quem passa ali e a vê de uma forma quase que espetacular. O que essa mulher fez, qual passo em falso deu para estar assim, não se sabe. Esse ser agora é repleto de pena e indiferença.
Naquela confusão urbana, os compromissos tomam cada um e o tempo destes é meio que irrelevantemente ocupado. Mais em uma das saídas do metrô, a senhora, aparentemente sadia, fuma o seu cigarro sentada nas escadas e parece somente observar os passantes. Não espera ninguém e sempre apenas na companhia da solidão, ela fica à destinar seu olhar ao indeterminado.
Meses depois.... A saída do metrô durante à tarde, no frenesi do horário do "rush", tem em sua proximidade uma marca fétida no chão que apenas é rodeada por guimbas de cigarros e um pedaço de papelão. É à noite que aquele espaço repulsivo é apropriado por uma mulher de idade avançada, com seus cabelos brancos, de magreza evidente e suas roupas sujas e rasgadas que a fazem se confundir com o chão de baratas e ratos da urbes.
O destino foi cruel com aquela senhora. Talvez sim, talvez não. Sem nome, indigente, ela agora havia se transformado no exemplo mais consistente do que se pode chamar-se de abjeto, aquilo que é indigno e desprezível. Mas mesmo nesta situação ela continua com seu olhar indeterminado e com um toque de arrogância em seus gestos.
Uma mulher comum que se figurou em uma mendiga, um ser parte da parte obscena da cidade, aquilo que não se vê, tampado pelo véu da invisibilidade. A única garantia que poderia salvá-la seria o voyerismo de quem passa ali e a vê de uma forma quase que espetacular. O que essa mulher fez, qual passo em falso deu para estar assim, não se sabe. Esse ser agora é repleto de pena e indiferença.