sábado, 20 de junho de 2009

Como Receita de Bolo


O que deve ser aquilo que realmente serveria para ser aprendido por todas as híbridas gerações que passam por esse Mundo?
A pergunta me vem pelo fato de haver pontos de interrogação em tudo o que há por aqui, seja o produtivo ou fútil. Seja o que passa de mais desapercebido, ou o que na verdade importa, acrescenta. É como se fosse uma receita de bolo de gosto indecifrável.
Vejo que o fluxo da criatividade ideal de hoje se instala no que é novo, remontado e simples. Bom, pensando por uma breve análise dos fatos, sinto como poderia ser e é relevante e rico o processo criador contemporâneo. Mas o ponto de interrogação continua a ser uma máscara em muitas formas de expressão que tenho observado nesta geração de sujeitos que querem tornarem-se reconhecíveis. Como um pulga atrás da orelha que me sussura assim: O que é isso?
Sim. Esta geração, que aliás não sei denominar, transpira o suor do desencanto, ao mesmo tempo em que absorve os prazeres mais intensos desta vida. Vou explicar. O fantasma do modismo e daquilo que é cult são igredientes para aqueles que desejam se vestir de pseudointelecutais. Para aqueles que buscam aquele ditado:"Viver cada dia como se fosse o último", posso me arriscar a dizer que necessitam de uma generosa dose de mediocridade e despropósito no viver. Outros, posso dizer que nesta espécie eu me incluo, desejam um tempero raro, o conhecer ,e se o destino deixar, sair daqui com um pouco de reconhecimento. Pode ser pretensão ficar denominando sujeitos, como que em dedo em riste, e pontuando para o que eles servem, mas são apenas palavras, um texto criado por mais uma pessoa sem identidade, sem rosto, encoberta pelos avanços e pormenores inefáveis do todo (o bolo).
Oh, Admirável Mundo Novo! Terminamos perguntando: Em qual categoria ou casta estou? Sou uma Alfa, uma Gama, Beta? Não! Não quero fazer parte de um contagioso ser ou coisa sem nome, sem nada, sendo ditado por um fluxo que nos leva como os ovos e a farinha , que se misturam a imensidão e não tem como se salvarem, se destacarem. Aí meus caros, acreditem,seremos encontrados apenas na massa deste bolo solado e sem graça.

Um comentário:

  1. O bolo da sociedade solou quando abriram a tampa do forno. Quer saber? Abrir a tampa do forno e se misturar às frutas podres do cesto é sorver com vontade o suco autodestrutivo.

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